quinta-feira, 4 de novembro de 2010

sopro de uma manhã

Em meio a uma multidão de coisas me vejo tonta.Enquanto estou indo pro trabalho vou ouvindo musica no carro e pensando na alta possibilidade de não conseguir me formar esse semestre, sou avariada por pensamentos sobre meu relacionamento aberto e seu fim, meus equívocos e um por do sol com um quase desconhecido.
Ai chego ao trabalho e atendo uma ligação de uma senhora reclamando muito, pois seu medicamento esta em falta.Sempre me sinto mal com estas ligações , que tem sido uma constante neste semestre.Desligo, registro e me volto para meu e-mail.Encontro nele um convite de chá de casa nova de alguém que esta muito feliz e também um e-mail de um irmão palhaço que está triste com a perda de alguém muito importante.Fico tonta.Minha cabeça gira completamente.Retomo. Fico tonta novamente, acho que minha pressão baixou.A vida é um vendaval.A tristeza e a alegria coexistem digo isso por que eu não sei o que estou sentindo.Vou ate o banheiro e lacrimejo.Choro, lembro de meu pai, sempre que dói muito lembro dele.Volto pra o setor e sentindo minha garganta estourada tento concentrar minhas atenções nos processos.Meus sentimentos não permitem e minha garganta estala ainda mais forte.Tento pensar na a reunião sobre a monografia a tarde, sobre qualquer coisa "importante" e que não me faça pensar em vida.Mas sinto o cheiro de meu pai e me dá um medo, um medo dessa ventania em que a vida habita, as pessoas partem sempre antes do que nos parece que deveria ser e eu vivo sempre numa pressa de uma exatidão impossível, como se o mais importante fosse aquilo que eu decidi.eu decido isso, faço de conta que estou dando conta daquilo e coisa e tal,corro muito para dar conta de enguiço, me ministro como uma maquina que deverá acertar no final.Mas que acerto é esse?Que final?A que final eu estou me direcionando?
Muitos finais chegam,eu sei, porém fico assim meio sem respirar e me movimento como se não soubesse.

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